A arte livra-nos ilusoriamente da sordidez de sermos |
Edição RZ |
António Rito Silva (ars)
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A doçura de não ter família nem companhia |
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A mais vil de todas as necessidades |
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A tragédia principal da minha vida |
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A única maneira de teres sensações novas |
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CENOTÁFIO |
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Colaborar, ligar-se, agir |
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Criei para mim, fausto de um opróbrio |
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Depois de uma noite mal dormida |
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Desejaria construir um código de inércia |
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E os diálogos nos jardins fantásticos |
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ESTÉTICA DA ABDICAÇÃO |
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Eu não sonho possuir-te |
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FLORESTA |
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Há dias em que cada pessoa que encontro |
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Há momentos em que tudo cansa |
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INTERVALO DOLOROSO [Nem no orgulho tenho consolação] |
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INTERVALO DOLOROSO [Se me perguntardes] |
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INTERVALO DOLOROSO [Sonhar, para quê?] |
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NOSSA SENHORA DO SILÊNCIO | Rezo a ti o meu amor |
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Na minha alma ignóbil e profunda registo |
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Nuvens... Hoje tenho consciência do céu |
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Não me encontro um sentido |
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Não me indigno, porque a indignação |
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O AMANTE VISUAL | Anteros |
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O homem não deve poder ver a sua própria cara |
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Ouviu-me ler os meus versos |
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Quando o estio entra entristeço |
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Quanto mais avançamos na vida |
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Repudiei sempre que me compreendessem |
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SENTIMENTO APOCALÍPTICO |
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Saber que será má a obra |
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Sempre me tem preocupado |
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Sinto-me às vezes tocado |
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Todo esforço, qualquer que seja |
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Tudo ali é quebrado, anónimo e impertencente |
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Tudo quanto não é a minha alma é para mim |
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